sábado, 22 de maio de 2010

Há Esperança para um Novo Tempo!



Há Esperança para um Novo Tempo!


Introdução:

a) Definição de esperança

Segundo o Dicionário Aurélio, Esperança é:

1. ato de esperar o que se deseja.

2. Expectativa.

3. Fé em conseguir o que se deseja.

4. O que se espera ou deseja.

O Dicionário Eletrônico Houaiss diz que a palavra esperança vem de duas raízes esperar + anca”. Dessa forma, Esperança significa “sentimento de quem vê como possível a realização daquilo que deseja; confiança em coisa boa; fé” e, em sentido figurado, “aquilo ou aquele de que se espera algo, em que se deposita a expectativa; promessa”.

Para nós cristão, sabemos que a única e verdadeira esperança é Cristo. “Cristo em nós a esperança da glória”. (Rm 5:2)

b) A esperança no Velho Testamento:

No Velho Testamento, a esperança do povo de Israel era a vinda do Messias. Essa vinda fora anunciada pelos profetas nos livros proféticos, históricos e poéticos.

Essa esperança estava firmada nas promessas de Deus de que

a) descendência de Davi não teria fim. E Que o trono será ocupado somente pela família de Davi.

Sl 2:6: Eu, porém, constituí o meu rei sobre o meu santo monte Sião (Sl 2.6); (2 Sm 7.13-14, 16).

b) Que Jerusalem nunca será destruída.

(Is 31.5). “Como aves quando adejam, assim o Senhor dos exércitos protegerá a Jerusalém; ele a protegerá e a livrará, e, passando, a salvará”.

c) - Sob a ordem do Messias, todos os inimigos serão destruídos.

(Sl 2.8-9). “Pede-me, e eu te darei os gentios por herança, e os fins da terra por tua possessão. Tu os esmigalharás com uma vara de ferro; tu os despedaçarás como a um vaso de oleiro”.

c) A esperança no Novo Testamento: a esperança messiânica se concretizou com a vinda de Cristo na Plenitude dos tempos (Gl 4:4). Cristo garantiu a nossa esperança ao Vencer a morte, o diabo e o pecado. Entretanto sua obra será consumada com nos aponta sua Segunda Vinda, quando levará sua igreja para a Gloria e ressuscitará os mortos.

AT: Deus nos dá esperança para um novo tempo.

ST: Vejamos QUATRO fatos que nos motivam ter esperança para um novo tempo.

PRIMEIRO FATO QUE NOS MOTIVA A TER ESPERANÇA:

1 – TEMOS A SALVAÇÃO,

I.1 - A Certeza do perdão:

Temos a certeza de que nossos pecados são perdoados mediante o arrependimento e confissão:

Provérbios 28:13 - O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia.

1ª Jo 1:9: Se confessarmos os nossos pecados ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.

I.2 - A certeza da vida eterna:

Muitas vezes, nossas emoções tentam nos enganar nos levando a questionar se de fato realmente somos salvos. Mas Deus, que promete a nossa salvação eterna, nunca nos engana. A Palavra de Deus nos garante que somos salvos:

1ª Jo 5:17: “Estas coisas vos escrevi a vós, os que credes no nome do Filho de Deus, para que saibais que tendes a vida eterna, e para que creiais no nome do Filho de Deus”

João 6:37: “Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora“.

I.3 - Podemos começar a desfrutar dessa vida eterna aqui no tempo presente:

a) Com paz e alegria:

(Romanos 14:17) - Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.

b) sem preocupações e ansiedades, pois podemos confiar em tudo nEle:

Fp 4:6 : Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças.

I.4 - Podemos confiar que em todas as situações que nos advém, Deus é soberano

Rm 8:28 - E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.

I.5 - Podemos confinar que ele cuida da nossa saúde física e espiritual

Is 53:4-5

I.6 - Temos uma consciência limpa que nos dá esperança

Hb 10:21-23

21 E tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, 22 Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa, 23 Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que prometeu.

I.7 - Fomos libertos do pecado

1 Jo 3:9 Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus.


SEGUNDO FATO QUE NOS MOTIVA A TER ESPERANÇA

2 - A Volta de Cristo:

II.1 - Cristo Voltará e arrebatará a sua igreja para Si

O Senhor Jesus Cristo, depois da Sua morte e ressurreição, “assentou-se à destra da majestade nas alturas” (Heb. 1:3), e hoje intercede por nós.

II.2 - Cristo prometeu que voltaria para nos levar para estar junto dele

(João 14:1-3) – Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.

II.3 - O apostolo Paulo descreve o acontecimento – descerá do céu com alarido

1 Tessalonicenses 4.16 - Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.

II.4 - A maneira que Jesus voltará: da mesma forma que subiu.

“esse Jesus que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir como para o céu o vistes ir” (Atos 1:11).

II.5 - A Volta de Jesus está próxima

Ainda um pouco, e o que há de vir virá e não tardará” (Hebreus 10:37).

(Apoc. 22:20). Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém. Ora vem, Senhor Jesus.

II.6 - O dia do Senhor virá como ladrão

Porque vós mesmos sabeis muito bem que o Dia do Senhor virá como ladrão de noite (1 Ts 5:2)

(I Tessalonicenses 5:1-7) - MAS, irmãos, acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se vos escreva; Porque vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão. – Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão; - Porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas.

- Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos, e sejamos sóbrios; - Porque os que dormem, dormem de noite, e os que se embebedam, embebedam-se de noite.

1 Ts 5:8 - Mas nós, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e do amor, e tendo por capacete a esperança da salvação;

II.7 - Reinaremos com o Senhor

(II Timóteo 2:12) - Se sofrermos, também com ele reinaremos; se o negarmos, também ele nos negará;

II.8 - Reino de justiça

"Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça." (II Pedro 3:13)

II.9 - Reino de justiça, alegria e paz

Pois o Reino de Deus não é comida nem bebida, masjustiça, paz e alegria no Espírito Santo”. (Rm 14 : 17 NVI).

II.10 - Um novo planeta – Haverá novo céu e nova terra

AP 21:1 - E VI um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.

II.11 - Deus trará uma nova cidade para morarmos com Ele: a Nova Jerusalém

Ap 21:2 : E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido.

II.12 - Essa cidade é chamada também de tabernaculo de Deus com os homens

3 E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus.

II.13 - Nessa cidade não haverá mais sofrimento, não haverá mais choro, não haverá mais morte, nem dores.

A Nova Jerusalém é o nosso lugar de descanso. Não haverá tristeza, na cidade de Deus. Nenhum gemido de dor, nem lamento de esperanças esmagadas e afetos enterrados, vai ser ouvido

4 E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.

II.14 - Deus dará este lugar somente aos que vencerem, fora dele estarão os ímpios.

Quem vencer, herdará todas as coisas; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho.

8 Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte.

Ap 21:27 - E não entrará nela coisa alguma que contamine, e cometa abominação e mentira; mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro.

II.15 - A descrição da Nova Jerusalém: (LER CADA PESSOA UM VERSÍCULO)

9 E veio a mim um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas, e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro.

10 E levou-me em espírito a um grande e alto monte, e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu.

11 E tinha a glória de Deus; e a sua luz era semelhante a uma pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe, como o cristal resplandecente.

12 E tinha um grande e alto muro com doze portas, e nas portas doze anjos, e nomes escritos sobre elas, que são os nomes das doze tribos dos filhos de Israel.

13 Do lado do levante tinha três portas, do lado do norte, três portas, do lado do sul, três portas, do lado do poente, três portas.

14 E o muro da cidade tinha doze fundamentos, e neles os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro.

15 E aquele que falava comigo tinha uma cana de ouro, para medir a cidade, e as suas portas, e o seu muro.

16 E a cidade estava situada em quadrado; e o seu comprimento era tanto como a sua largura. E mediu a cidade com a cana até doze mil estádios; e o seu comprimento, largura e altura eram iguais.

17 E mediu o seu muro, de cento e quarenta e quatro côvados, conforme a medida de homem, que é a de um anjo.

18 E a construção do seu muro era de jaspe, e a cidade de ouro puro, semelhante a vidro puro.

19 E os fundamentos do muro da cidade estavam adornados de toda a pedra preciosa. O primeiro fundamento era jaspe; o segundo, safira; o terceiro, calcedônia; o quarto, esmeralda;

20 O quinto, sardônica; o sexto, sárdio; o sétimo, crisólito; o oitavo, berilo; o nono, topázio; o décimo, crisópraso; o undécimo, jacinto; o duodécimo, ametista.

21 E as doze portas eram doze pérolas; cada uma das portas era uma pérola; e a praça da cidade de ouro puro, como vidro transparente.

22 E nela não vi templo, porque o seu templo é o Senhor Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro.

23 E a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem iluminado, e o Cordeiro é a sua lâmpada.

24 E as nações dos salvos andarão à sua luz; e os reis da terra trarão para ela a sua glória e honra.

25 E as suas portas não se fecharão de dia, porque ali não haverá noite.

26 E a ela trarão a glória e honra das nações.

Continua no cap 22:

1 E MOSTROU-ME o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro.

2 No meio da sua praça, e de um e de outro lado do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês; e as folhas da árvore são para a saúde das nações.

3 E ali nunca mais haverá maldição contra alguém; e nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão.

4 E verão o seu rosto, e nas suas testas estará o seu nome.

5 E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os ilumina; e reinarão para todo o sempre.


TERCEIRO FATO QUE NOS MOTIVA – Cristo restaurará todas as coisas

III.1 - Ressurreição dos mortos


(I Tessalonicenses 4:16) - Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.

III.2 - Glorificação do corpo

Rm 8:18-25:

18 Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada.

19 Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus.

20 Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou,

21 Na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus.

22 Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora.

23 E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo.

24 Porque em esperança fomos salvos. Ora a esperança que se vê não é esperança; porque o que alguém vê como o esperará?

25 Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o esperamos

III.3 - Todo o universo e o homem

22 Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora.

III.4 - E julgará os ímpios e os espíritos rebeldes

Rm 2:3-11: E tu, ó homem, que julgas os que fazem tais coisas, cuidas que, fazendo-as tu, escaparás ao juízo de Deus?

4 Ou desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e paciência e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te leva ao arrependimento?

5 Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus;

6 O qual recompensará cada um segundo as suas obras; a saber:

7 A vida eterna aos que, com perseverança em fazer bem, procuram glória, honra e incorrupção;

8 Mas a indignação e a ira aos que são contenciosos, desobedientes à verdade e obedientes à iniqüidade;

9 Tribulação e angústia sobre toda a alma do homem que faz o mal; primeiramente do judeu e também do grego;

10 Glória, porém, e honra e paz a qualquer que pratica o bem; primeiramente ao judeu e também ao grego; 11 Porque, para com Deus, não há acepção de pessoas.

Ap 20:11-15:

11 - E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles.

12 E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.

13 E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras.

14 E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte.

15 E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.

III.5 - Juízo contra a grande serpente

16 - E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre.


Quarto fato que nos motiva a esperança

Deus nos promete um grande derramar do Seu Espírito neste tempo

O Espírito sendo derramado sobre toda carne: velhos, jovens e servos

Joel 2:28

E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões.

29 E também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito.

30 E mostrarei prodígios no céu, e na terra, sangue e fogo, e colunas de fumaça.

31 O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do SENHOR.

32 E há de ser que todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo;

Poder do Espírito para uma vida vitoriosa

At 1:8

Mas recebereis poder (gr. δυναμις - dynamis), ao descer sobre vós o Espírito Santo e sereis minhas testemunhas, tanto em Jerusalem, Judéia, Samaria e até os confins da terra.

Mc 16:15

E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.

16 Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.

17 E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas;

18 Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão.


Conclusão

Cristo vem sem demora para buscar sua Igreja. Isto é motivo de gozo e alegria para os crentes. Contudo é importante que atentamos para os alertas que o Espírito Santo nos dá de vigilância: pois aquele que perseverar até o fim será salvo. (Mc 13:13).

Apocalipse 21: 12-20:

12 E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra.

13 Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, o primeiro e o derradeiro.

14 Bem-aventurados aqueles que guardam os seus mandamentos, para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas.

20 E o Espírito e a esposa dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Requisitos para a Adoração a Deus no VT e NT










SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................. 07

1 – CONTRUÇÃO Do tabernáculo ....... 08

2 – OS UTENSÍLIOS ................................... 10

3 – RITUAL DE CULTO

3.1 – NO VELHO TESTAMENTO .......15

3.2 – NO NOVO TESTAMENTO ......... 17

4 – FUNÇÃO DO SACERDOTE ...................... 19

5 – O POVO LEVÍTICO– ESCOLHA E SEPARAÇÃO DAS DEMAIS TRIBOS ....................................................................... 20

6 – INsTRUÇÃO DA LEI (PALAVRA) ........... 22

7 – CULTO ATUAL ........................................ 23

Conlusão .................................................... 24

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ...... 25


I – CONTRUÇÃO DO TEMPLO

Deus queria definitivamente habitar no meio do Seu povo. “E me farão um santuário para que eu habite no meio deles”(Ex 25.8). Para isso Deus convocou Moisés ao cume do Monte Sinai para dar-lhe as instruções de como seria construído o Seu Tabernáculo e mostrar-lhe o Seu protótipo. Este deveria localizar-se em um lugar estratégico: no centro do Arraial de Israel.

Moisés passou durante quarenta dias e quarenta noites em comunhão com Deus no cume do monte Sinais e juntamente com o protótipo do Tabernáculo, Deus entregou a Moisés também as tábuas da Lei com os dez mandamentos e as leis civis e cerimoniais.

O Tabernáculo deveria estar no centro do arraial, num lugar onde pudesse estar sempre visível e patente para todo o povo, tendo em vista anuncio profético de seu Filho. O Tabernáculo havia sido feito de tal maneira que toda a congregação poderia enxergar constantemente a nuvem e a coluna de fogo que evidenciaria a presença de Deus.

“Sobre o Tabernáculo, FEITOSA (2009) diz:

Uma tenda de panos, lona, peles, madeira, pedras, metais e objetos puramente materiais. Coisas de homem. Mas extremamente sobre-humana. Profundamente simbólica e profética, mas ao mesmo tempo tão daqui, visível, palpável e simples. Os misticismos morriam ali. A idolatria se apagava. A razão se dobrava. O Tabernáculo fala por si mesmo, fazendo o encontro entre a terra e o céu, o homem e Deus. o abraço do filho e o beijo do Pai – a roupa nova, as sandálias, o anel, o novilho cevado e o banquete do seu amor. Na verdade, o Tabernáculo era o inicio de uma epopéia divina, de cmo Ele nos poderia reencontrar, e conosco habitar para sempre. No passado, presente e futuro dos homens, Deus nos aponta a eternidade”.

(FEITOSA, 2009, A Tenda da Revelação, O TABERNÁCULO, pg. 20)

A organização e divisão das tribos girava em torno do Tabernáculo. Assim, cada tribo ficava ao lado do pátio externo, acamparam-se três tribos em 3 (Mc:2), mas a tribo de Levi, ou os Sacerdotes, dividiam-se entre os 4 lados e o plano de Deus foi de colocar os seus ministros em local perfeitamente acessível para todos.

O Tabernáculo tinha sua característica peculiar de ser desmontável. Isso lhe permitia ser conduzido de um lugar para o outro, para o honroso trabalho de cuidar e transportar, foram escolhidos a família de Gérson, coate e Merari. Os Gernonitas param atrás do Santuário (Ocidente) cuidaram do exterior da Tenda, como vigias. Os Coatitas ao Sul, responsável pelo cuidado da Arca, mesa, do candelabro e todos os vasos sagrados. Os Meraritas ao norte, conservava e transportava as tatsiras, travessas, colunas, cordas estacas bases.

I.1. – A TENDA QUE COBRIA O TABERNÁCULO

A cobertura do Tabernáculo ou Tenda da congregação (Ex. 26:7-14) foi feita com onze cortinas de crina de cabra para que sirva de cobertura para a morada; o comprimento de cada cortina era de quinze metros, e dois de largura. A armação foi feita de 48 tábuas de madeira de Acácia recoberta de ouro puro, com 2 bases de prata e se unia as demais tábuas por meio de cinco barras. O teto plano consistia em uma cortina de vinho fino com finos bordados de figuras de querubins em azul, purpura e carmesim (26:1-6; 36:8).

A coberta do exterior era de peles de texugos ou focas; depois dentro uma crina de cabras que era branca e de carneiro tinta de vermelho. A coberta interna era uma cortina de linho fino retorcido em cores azul, púrpura e carmesim com figura de querubins.

I.2 – O TABERNÁCULO E SUAS DIVISÕES

O Tabernáculo se dividia em duas câmaras: A entrada ficava para o Oriente conduzia ao Lugar Santo: esta tinha a medida nove metros. No interior deste estava Santos dos Santo ou Lugar Santíssimo. Entre estes dois compartimento havia um véu de linho com desenho de cor azul, púrpura e carmesim, adornado com figura de querubins.

I.3 – A edificação CONSTRUÇÃO DO TEMPLO

Depois de muito tempo após a construção do Tabernáculo, o Rei Davi percebeu a necessidade de se construir um Templo definitivo para Deus. Um Templo que refletisse pudesse refletir a Glória de Deus. Depois que Davi termina a edificação da Casa do Rei e tem o projeto do Templo, Deus interviu dizendo que seria seu filho Salomão, e não ele quem edificaria o Seu Templo.

O Templo de Salomão então constrói o Templo (1 Rs 6:37), e este realmente não deixou a desejar nem em estrutura nem em glória. Foi considerado uma das sete maravilhas do mundo antigo, ao ponto de virem reis de todos os cantos para comtemplarem sua beleza.

CAPÍTULO 2

II – OS UTENSÍLIOS

Para que o sacerdote fizesse o serviço sacerdotal pelo povo, Deus exigiu que se fizessem os seguintes utensílios para o Tabernáculo:

I.1 – ALTAR DO HOLOCAUSTO

Deus ordenou a Moisés que construísse um altar para se oferecerem os sacrifícios, que serviriam para cobrir os pecados de todo o povo. A palavra altar no hebraico quer dizer: lugar de sacrifício. E morte vicária significa morte no lugar de outrem, ou seja, a morte do animal funcionava como um substituto.

Dessa forma, primeiro o sacerdote oferecia o sacrifício por ele, para santificar-se, depois de purificado, oferecia o sacrifício pelos pecados de todo o povo. O altar ficava diante da entrada do Tabernáculo, nesse o lugar se fazia os primeiros serviços sacerdotais. Almeida ao descrever o altar do holocausto, assim expressa:

A Bíblia o descreve assim: Farás um altar de madeira de acácia. Será quadrada e terá dois metros e meio de comprimento e de largura, e um metro e meio de altura. Dos quatro cantos do altar farás sobressair pontas e o revestirás de bronze. Farás vasos para as cinzas do altar, pás, aspersórios, garfos e braseiros, utensílios todos de bronze. Farás uma grelha de bronze em forma de rede, e nos seus quatros ângulos porás quatro argolas de bronze. Colocarás sob a cornija do altar, de modo que fique a meia altura. Farás varais para o altar, varais de madeira de acácia, e os revestirás de bronze. Os varais serão enfiados nas argolas, e ficarão de ambos os lados do altar, quando este for transportado. Farás o altar de tábuas, oco por dentro, exatamente como te foi mostrado no monte”. (ALMEIDA, 2001, p.37).

Em todo o tempo, o altar não tinha um fim em si mesmo, mas apontava para a morte vicária de Cristo, que é o perfeito e completo sacrifício pelos pecados de toda a humanidade que não apenas cobria os pecados, mas tirava de uma vez por todas. E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas, também, pelos de todo o mundo”.(1 Jo 2:2) “No dia seguinte, João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1:29).

Neste altar, todas as ofertas que eram feitas eram as chamadas ofertas queimadas, que ascendia a Deus, e este as recebia. Da mesma forma Deus recebeu o sacrifício de Jesus, resultando em redenção para nós.

I.2 – BACIA DE BRONZE

Entre as especificações que Deus dá a Moisés sobre os utensílios para o Tabernáculo, está a Bacia de Bronze. A descrição das medidas e formas da bacia, não é mencionada, nem como era carregada. A Bacia de Bronze se localizava logo à entrada do Tabernáculo. A bacia (ou pia) foi feita com espelhos das mulheres que velavam á porta do Tabernáculo (Ex. 38:8). “Seus pequeninos e delicados espelhinhos, incrustados em madeira ou metal artisticamente trabalhado, eram feitos do bronze batido, depois polido ao extremo, até produzirem um brilho singular” (FEITOSA, Reuel, 2009, A Tenda da Revelação, o Tabernáculo pg 53).

A bacia de bronze era utilizada pelo sacerdote para lavar as mãos e os pés cada vez que fossem oficializar no altar ou dentro da tenda. “Aquelas águas era purificadoras e o preparavam para entrar no Lugar Santo” (FEITOSA, 2009, pg 54).

I.3 – A MESA DOS PÃES DA PROPOSIÇÃO

Esta mesa media um metro de comprimento, cinqüenta centímetros de largura, e setenta e cinco de altura. Era feita de madeira de acácia e revestida toda de ouro, ricamente trabalhado. A mesa tinha uma borda de ouro “como uma coroa, indicando a sua realeza” (FEITOSA, 2009, pg 59).

Sobre ela estavam duas taças de ouro contendo incenso perfumado e doze pães dispostos em duas fileiras de seis, representando as doze tribos de Israel. “Paes grandes, enormes, já que se gastavam pelo menos quatro litros de farinha para prepará-los (Ex 25:23-30)”. (FEITOSA, 2009, pg 57).

Sobre a Mesa dos pães da Proposição, Feitosa diz:

Aquela mesa dourada prenunciava o Maior Banquete de todos os tempos. O Cordeiro de Deus imolado, “levantado” sobre a Cruz. E Seu sangue precioso derramado sobre o lenho verde. Muito mais precioso do que o ouro depurado, desceria sobre aquela madeira forte, rija, como a madeira de acácia. Seu próprio corpo se tornaria o Pão da Vida. (FEITOSA, 2009, pg 58).

Referindo-se ao Seu próprio corpo, Jesus disse: “Eu sou o pão que desceu do céu”. “O verdadeiro pão do céu é meu Pai que vos dá. Porque o pão de Deus é o que desce do céu, e dá vida ao mundo” (Jo 6.32-33). Os sacerdotes os colocavam na sexta à noite, comiam desses pães todos os sábados, e logo repunham no mesmo dia.

1.4 – O CANDELABRO

Assim como os outros utensílios, Deus ordenou a Moises que se fizesse o Candelabro “conforme o modelo que lhe mostrei no monte” (Ex 25.40). Como O candelabro, também chamado de Menorah, era feito totalmente com ouro batido, chegava a pesar trinta e quatro quilos. Ficava localizado ao lado esquerdo (para quem entrava) do Santuário.

O Senhor descreve como deveria ser feito o Candelabro:

“Também farás um castiçal de ouro puro; de ouro batido se fará este castiçal: o seu pé, as suas canas, os seus copos, as suas maçãs e as suas flores, serão do mesmo. E dos seus lados sairão seis canas; três canas do castiçal de um lado dele, e três canas do castiçal do outro lado dele. Numa cana haverá três copos a modo de amêndoas, uma maçã e uma flor; e três copos a modo de amêndoas na outra cana, uma maçã e uma flor: assim serão as seis canas que saem do castiçal. Mas, no castiçal mesmo, haverá quatro copos a modo de amêndoas, com as suas maçãs e com as suas flores; E uma maçã debaixo de duas canas que saem dele; e ainda uma maçã debaixo de duas outras canas que saem dele; e ainda mais uma maçã debaixo de duas outras canas que saem dele; assim se fará com as seis canas que saem do castiçal. As suas maçãs e as suas canas serão do mesmo; tudo será de uma só peça, obra batida de ouro puro”. (Ex 25.31-36)

No Lugar Santo não havia janelas, nem brecha alguma para que houvesse luz exterior, a iluminação dependia totalmente do candelabro de Ouro. O candelabro indica a iluminação e direção do Espírito Santo e tipifica Jesus, como diz as palavras do próprio Mestre: “Eu sou a luz do mundo, quem me segue não andará nas trevas, pelo contrario, terá a luz da vida” ( Jo 8:12). Este, também alude à Igreja de Cristo na terra, que como luz, brilha em um mundo perdido nas trevas. Jesus nos iluminou e devemos através de nossas boas obras glorificarmos o nosso Pai que está no céu (Mt 5:16).

I.5 – O ALTAR DO INCENSO

O altar de incenso ficava diante do terceiro véu; às bordas do Santo Lugar, nos limites do Santo dos Santos. “Porás o altar defronte do véu, que está diante da Arca do Testemunho, diante do Propiciatório que está sobre o Testemunho, onde me avistarei contigo” (Ex 30.6).

Ele era feito de madeira de acácia, revestida em ouro por dentro e por fora. Tinha cinqüenta centímetros em cada um dos seus lados, e um metro de altura.

O Incenssário simboliza a nossa oração e adoração subindo ao Céu e Deus a recebendo. Este altar também é antítipo de Cristo como nosso intercessor. A madeira revestida de ouro, mais uma vez, reflete à humanidade de Jesus revestida de glória. O nosso intercessor se identificou conosco. Entendendo as nossas limitações e fraquezas profundamente, além das tentações que nos sobrevêm.

I.6 – A ARCA DA ALIANÇA

Para que culto a Deus fosse feito no deserto, Deus também ordenou a Moisés que construísse a Arca da Aliança. A Arca era uma peça feita de madeira de acácia e revestida de ouro por dentro e por fora. Ela se localizava no interior do Santíssimo Lugar. Media 125 centímetro de comprimento por 75 centímetro de largura e 75 de altura. Sobre a Arca ficava o propiciatório com os querubins da glória. Ela representa a base do trono de Deus. A madeira simboliza a humanidade de Jesus, e o ouro a sua divindade. A arca possuía quatro argolas, este fato indica que a mensagem de Deus não é estagnada, nem presa a um lugar, antes, está pronta para mover-se a todo lugar. Além desse dinamismo, indica que existe uma maneira especial – santa – para que se possa levá-la.

A arca tipifica a presença de Deus com o seu povo, pois ali Deus falava com Moisés, como diz Êxodo 25:22: “E ali virei a ti, e falarei contigo de cima do propiciatório, do meio dos dois querubins (que estão sobre a arca do testemunho), tudo o que eu te ordenar para os filhos de Israel”.

Outros aspectos que deviam ser observados na Arca são os objetos que deveriam ser colocados dentro dela:

1.6.1 – As tÁbuas da Lei

Dentro da Arca, deveriam ser postas, as tábuas da Lei: Na Arca porás o documento da aliança que te darei. (Ex 25:16). Elas simbolizam a Palavra de Deus, que desde o principio foi revelada. Nela está a sustentação e a condução da vida humana. Jesus cumpriu toda a lei e hoje pela fé em Cristo alcançamos a salvação (Gl 2:16). Nas tábuas da Lei continha a vontade de Deus para com o seu povo, e aponta para o crente (Jr 31:33).

1.6.2 – A Vara de Arão

A vara de Arão florescida (encontrada em Nm 17:1-11) reflete a ressurreição de Cristo e um ministério bem sucedido que dá flores e frutos. Também faz alusão à autoridade que Deus dá aos homens escolhidos por Ele para realizar a Sua Obra no meio do povo, como vemos na ocasião em que a vara floresceu.

1.6.3 – O Maná

Dentro da Arca deveria estar também o maná. O maná era a provisão que Deus dava à todo o povo, dia após dia no deserto. O maná presente na Arca de Deus demonstra o compromisso perpétuo de Deus para com Seu povo de sustentá-lo e de provê-lo em tudo. “Esta é a palavra que o Senhor tem mandado: Encherás um ômer dele (do maná) e guardá-lo-ás para as vossas gerações, para que vejam o pão que vos tenho dado a comer neste deserto, quando eu vos tirei da terra do Egito”. (Ex 16:33).

I.7 – O Propiciatório

O propiciatório foi feito todo em ouro, de acordo com a ordem expressa de Deus à Moisés. A palavra: “propiciatório”, remete-nos a idéia de um lugar onde Deus nos é propício, favorável. “E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo” (1 Jo 2:2).

Em cima do propiciatório estavam esculpidos dois anjos de ouro maciço. Um “olhando” para o outro. Deus habitava entre os querubins. Sobre eles estava o Shekinah de Deus.

CAPÍTULO 3

III – RITUAL DE CULTO

iii.1 – NO VELHO TESTAMENTO

O ritual de culto no Velho Testamento pode causar certa estranheza para o cristão dos dias atuais que está tão familiarizado com o culto que prestamos semanalmente a Deus. Por isso, antes de aprofundarmos nos rituais e cerimônias religiosas vetereotestamentária, é necessário que nos recordemos que o ritual de culto na Velha Aliança não tinha fim em si mesmo, antes seu propósito final era de apontar para o sacrifício perfeito de Cristo.

O ritual de culto no Velho Testamento tem como característica principal, o sacrifício. Segundo Pr. Renê Pereira Feitosa, “o culto no Velho Testamento era sanguinolento”. É o que a Palavra nos afirma em Hb 9:22: E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e, sem derramamento de sangue, não há remissão de pecados”.

A idéia de culto no Velho Testamento era a idéia de serviço. Tanto é que no inglês a palavra utilizada para culto é serviço, ou seja um serviço prestado a Deus. O culto era um lugar onde o homem pecador tinha a oportunidade de se concertar com o Deus Santo.

O aspecto central de toda a simbologia ritualística do culto tinha por base o sacrifício para cobrir as transgressões do pecador. O sacrifício funcionava como um substituto da culpa. Também existiam outros tipos de ofertas para o Senhor, como veremos adiante.

Em todas as ocasiões, independente do tipo de sacrifício, as oferendas a Deus não eram podiam ser feitas diretamente pelo povo, mas eram ministras por um sacerdote da descendência de Arão que funcionava como um mediador.

Eis os seguintes tipos de sacrifícios a Deus:

III.1.1 – A OFERTA QUEIMADA (HOLOCAUSTO)

Nesse sacrifício era ofertado um animal sem defeito, podendo ser um boi, carneiro, pombinho (para os pobres). Eles deveriam ser totalmente queimados no Altar.

Seu propósito era de um ato de adoração voluntária a Deus, expiação pelos pecados involuntários em geral, expressão de devoção, compromisso e entrega completa a Deus.

III.1.2 – A OFERTA DE CHEIRO SUAVE OU DE MANJARES

Nesta oferta, oferecia-se produtos originários da terra como: grão, flor de farinha, azeite de oliveira, bolo assado, sal, tudo sem fermente e mel. Provavelmente acompanhava a oferta de holocausto ou pacífica. Uma porção pequena era queimada e a outra parte pertencia ao sacerdote. Nesta oferta era reconhecido a bondade de Deus e a provisão.

III.1.3 – SACRIFÍCIOS DE PAZ OU PACÍFICO

Era uma oferta voluntária e maior parte do animal era comida pelo ofertante num banquete entre Deus e o homem. Aceitava-se outros animais limpos de ambos os sexos. O sangue era espargido sobre o altar e os rins e a gordura eram queimados. Metade do peito do animal e a espádua ficavam para o sacerdote. O restante, o ofertante comia num banquete, convidando órfãos, viúvas e pobres. Demonstrando o amor e a comunhão.

Este sacrifício visava mais a comunhão e reconciliação de Deus com o homem. Deus oferecia o banquete. Três eram os motivos desse sacrifício: primeiro: Ação de graças, visando agradecimento a Deus por alguma benção. Segundo, para se cumprir um voto feito a Deus e terceiro, uma oferta voluntária que representa o amor dele para com Deus.

III.1.4 – SACRIFÍCIOS PELO PECADO

Este sacrifício era feito pelo pecado de ignorância ou pecado especifico do ofertante. Para cada categoria social, Deus exigia um animal. No caso de o sacerdote ou todo o povo pecar, espargia-se o sangue do animal sete vezes diante do véu no lugar santo do tabernáculo.

Como este sacrifício era para expiação de uma falta cometida pelo ofertante, o mesmo não podia se alimentar dela. Porém uma parte ficava ao sacerdote oficiante, como sinal de que o pecado foi perdoado. Ela era oferecida fora do arraial.

III.1.5 – SACRIFÍCIOS POR TRANSGRESSÃO

Em Lv 5:1-7 e 7:1-7 encontramos referências ao sacrifício por transgressão. Este tipo de sacrifício era feito revela a necessidade de confissão: “Será, pois, que, culpado sendo numa destas coisas, confessará aquilo em que pecou” (Lv 5:5). Segundo Levítico 6:7, o pecador deverá restituir se houver roubado em vinte por cento acrescido ao valor. A restituição ocupa um lugar importante neste contexto.

III.1.6 – O DIA DA EXPIAÇÃO

O sistema de ofertas, que revelava o caminho à Deus por meio de sacrifícios, encontra seu clímax no dia dez do sétimo mês, no chamado Dia da Expiação. Neste dia o sumo sacerdote, entrava sozinho no santuário e sacrificava um novilho como oferta pelo pecado e um carneiro como oferta queimada. Depois tomava dois bodes e lançava sorte para saber qual deles deveria ser sacrificado como oferta pelo pecado e qual seria o bode emissário, que seria enviado ao deserto pelos pecados do povo.

Primeiro o sumo sacerdote sacrificava um novilho por si próprio e sua família. Depois impunha as mãos sobre o bode emissário e confessava todos os pecados da nação, como expiação. Dessa forma todos os pecados do povo eram perdoados. E com a aspersão do sangue no altar e no Tabernáculo, este era purificado. Os pecados era levado pelo bode emissário ao deserto, uma terra solitária, onde nunca poderia ser encontrado, porque não havia ninguém para os procurar.

iii.2 – no novo TESTAMENTO

A igreja primitiva herdou grande parte de sua liturgia e costumes de culto das antigas sinagogas judaicas. Os judeus cultuavam a Deus no shabat, que era o dia separado ao Senhor: equivalente ao nosso sábado. Todos os sábados, havia momentos de louvores em que se cantavam Salmos à Deus, como se diz no Salmo 100:4 “Entrai pelas portas dele com louvor, e em seus átrios com hinos: louvai-o e bendizei o seu nome”.

Logo após havia a leitura da Lei, e logo após um rabino ou um judeu explicava a leitura feita naquele dia. Como o sacrifício somente poderia ser feito no Templo, nas sinagogas não era oferecidos sacrifícios.

Houve grandes mudanças no culto no Novo Testamento em comparação com o Velho Testamento, porque Jesus cumpriu a Lei. Não havia mais necessidades de sacrifícios que cobriam temporariamente as culpas dos transgressões; Jesus o Cordeiro de Deus foi a propiciação completa pelos nossos pecados. Os nossos pecados foram todos removidos por Cristo na Cruz, assim Deus foi glorificado em Cristo, salvando a humanidade.

Apenas duas novas ordenanças foram deixadas por Jesus: o batismo nas águas e a Ceia do Senhor, que funcionaria como Memorial do Seu sacrifício. “E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei: isto é o meu corpo, que é partido por vós; fazei isto em memória de mim”. “Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálix, anunciais a morte do Senhor, até que venha” (1Co 11:24,26).

No Novo Testamento, Deus nos convida diariamente a nos oferecermos como oferta agradável a Ele, a tomarmos nossa cruz dia após dia e segui-Lo. A oferta é a nossa própria vida e o Altar é o nosso coração. O Templo é o nosso corpo. Hoje o Espírito Santo (e a Shekinah) habita dentro de nós.

O culto que o Senhor espera receber hoje é o nosso culto racional (Rm 12:1), a nossa vida diariamente honrando o Nome do Senhor, e isto só é possível o precioso Sangue do Cordeiro de Deus, que nos torna propício a Deus.


CAPÍTULO 4

iV – FUNÇÃO DO SACERDOTE

O sacerdote exercia seu ministério servindo ao povo de Israel e a Deus. Sua função era servir. Servir ao povo na função de intercessor diante de Deus e à Deus na função de proclamador da mensagem de Deus ao povo.

IV.1 – SERVIÇO em prol do POVO de deus

A função do sacerdote era de mediar entre o povo e o Senhor. O homem não tem capacidade de se achegar diretamente diante de Deus, por isso Deus precisou designar um representante que seria por Ele separado e santificado. Deus separa Arão e sua linhagem para ser a linhagem sacerdotal e ministrar perante o povo de Israel: “Depois tu farás chegar a ti teu irmão Arão, e seus filhos com ele, do meio dos filhos de Israel, para me administrarem o ofício sacerdotal; a saber: Arão, Nadabe, e Abiú, Eleazar e Itamar, os filhos de Arão” (Ex 28:1, Ex. 3:15,16)

Era função do sacerdote, oferecer ofertas em favor de todo o povo perante Deus no Tabernáculo. Dentre os ofícios que cabiam aos sacerdotes estavam: A páscoa, a oferta queimada, o oferta de cheiro suave ou de manjares, os sacrifícios de paz, os sacrifícios pelo pecado, sacrifícios por transgressão e por último o dia da expiação.

“O sacerdote vinha dentre o povo e movia-se no meio do povo. É como se o próprio Deus ali estivesse, e o povo fosse aprendendo a conhecer, receber e aceitar o Deus santo através da vida e testemunho do sacerdote. Na verdade a essência do sacerdote é a santidade”. (FEITOSA, 2009, pg. 76).

IV.2 – A SERVIÇO DE DEUS

Ao sacerdote estava a incumbência revelar a Santidade de Deus. Mais do que apenas através do ensino da Torah, ele foi chamado para revelá-la com a vida. “O Sacerdote é o profeta do povo. Mais que profetas, eles incorporam a mensagem de Deus para o povo. Eles a trazem em si, dentro de si, compartilhando para fora de si. Eles são a mensagem viva, ambulante para o povo”. (FEITOSA, 2009, pg. 76).

CAPÍTULO 5

V – O POVO LEVÍTICO: – ESCOLHA E SEPARAÇÃO DAS DEMAIS TRIBOS

V.1 – A ESCOLHA

O Senhor falou com Moisés no deserto de Sinai, na tenda da congregação, no segundo ano após a saída do Egito para levantar um censo e contar quantos homens acima de vinte ano, pronto para a guerra havia em Israel. Foi contado segunda as suas tribos, famílias, nominalmente, “cabeça por cabeça”. (Números 1). No total foram contados seiscentos e três mil quinhentos e cinqüenta.

Contudo, entre eles, a tribo de Levi não foi contada. Porque Deus tinha uma função especial para eles. Essa tribo teria recebeu a incumbência de cuidar do tabernáculo do Testemunho, e de todos os utensílios, e de tudo o que lhe pertence. Eles o transportariam nas peregrinações no deserto e deveriam se acampar ao seu redor. Se outro israelita se aproximasse, não sendo levita, certamente morreria (Números 1:50,53).

V.2 – SEPARAÇÃO DAS DEMAIS TRIBOS

Dessa forma, o Senhor separou uma tribo, para cuidar exclusivamente das coisas sagradas. Deus mandou Moisés levantar um censo separado dos levitas para os consagrarem à Deus. “Conta os filhos de Levi, segundo a casa dos seus pais, pelas suas gerações; contarás a todo o varão, da idade de um mês e para cima” (Nm 3.15). Cada levita tinha sua função distinta de acordo com sua descendência familiar.

Eles foram contados e separados então, a partir dos três filhos de Levi: Gérson, Coate e Merari. Dos descendentes de Gérson foram contados sete mil e quinhentos, sendo a função destes cuidar do exterior do tabernáculo, sendo os vigias desse templo portátil. Dos descendentes de Coate foram oito mil e seiscentos e sua função ficou em cuidar dos vasos sagrados. E de Merari seis mil e duzentos e foram incumbidos da conservação do edifício físico do tabernáculo.

Deus dissera aos levitas que estes não repartiriam da mesma herança territorial que as demais tribos porque o Senhor disse “Eu sou a tua herança”. Eles teriam o dever e o privilégio de dedicar-se exclusivamente para as coisas concernentes a Deus.

Portanto os levitas foram dados a Arão para servir ao serviço sacerdotal. Eles deveriam servir a Deus e ao povo; tomar o cuidado de todos os utensílios do tabernáculo e administra-lo.

V.3 – CONSIDERAÇÕES SOBRE A ESCOLHA E SEPARAÇÃO

Outro aspecto importante de se destacar é que na tribo de Levi, Deus estava separando a nação como uma nação sacerdotal. Isso estava representado na dedicação de todos os primogênitos de todo o povo Israel. A razão dessa consagração está no episódio da matança dos primogênitos na terra do Egito em que Deus livrou os filhos de Israel. Ali Deus consagrou à Ele todos os primogênitos israelitas como propriedades exclusiva de Deus. Como diz Números 3.40:

“E disse o Senhor a Moisés: Conta todo o primogênito varão dos filhos de Israel, da idade de um mês e para cima, e toma o número dos seus nomes. E para mim tomarás os levitas (Eu sou o Senhor), em lugar de todo o primogênito dos filhos de Israel; e os animais dos levitas, em lugar de todo o primogênito entre os animais dos filhos de Israel.” (Nm 3.40).

CAPÍTULO 6

VI – INTRUÇÃO DA LEI

VI – A LEI (TORÁ)

A Lei, genericamente, pode ser entendida como um sistema estruturado de normas e regulamentos pelo qual uma sociedade é governada. “Na Bíblia, particularmente no Antigo Testamento, significa o código legal singular estabelecido por revelação direta de Deus, com o objetivo de orientar o seu povo em matéria como o culto de adoração, o relacionamento com o Criador e as relações interpessoais”. (YOUNGBLOOD, Ronald F, HARRISON, R. K. e BRUCE, F F., 2004, Dicionário Ilustrado da Bíblia, pg 840).

A Lei de Deus considerava a vida humana muito valiosa, haja vista que o homem fora criado à Imagem e Semelhança de Deus. (Gn 1:26). Em Israel, todos os crimes eram crimes contra Deus (1Sm 12:9-10). Esperava-se, portanto, que todo o povo servisse a Deus obedecendo Sua Lei, bem como que Deus como Justo Juiz, disciplinasse aqueles que violassem Sua Lei. A Lei de Deus pode ser classificada em três aspectos tendo em vista sua abrangência: Leis civis, morais e cerimoniais.

a instrução da lei ao povo

Cabia aos sacerdotes a instrução da Lei: “Eles ensinarão tuas decisões, a Jacó, tuas instruções a Israel” (Dt 33:10). Sua função de ensino da Lei fica clara em diversas passagens bíblicas como a de Jeremias 18:18: “A Torá não faltara ao sacerdote, nem o conselho ao sábio, nem a palavra ao profeta”. O sacerdote, ao ensinar a Torá é um “mensageiro de Yahvé Sabaot” (Ml 2:7).

Esse ensino estava, naturalmente, acontecendo no santuário, ao qual o sacerdote estava ligado e onde se ia em peregrinação oferecer um sacrifício ou simplesmente consultar o oficiante. Desde nos tempos da peregrinação no deserto no tabernáculo, até o Templo antes exílio. Os sacerdotes se tornaram os mestres da moral e da religião.

Após o exílio, o ensinamento da Torá, deixou de ser monopólio dos sacerdotes, os levitas também tornaram-se pregadores do povo. O ensino também foi feito fora do culto, nas sinagogas e os escribas e doutores da Lei passaram também a ensinar.


CAPÍTULO 7

VII – CULTO ATUAL

O culto atual manifesta a Glória da Última Casa que foi predito pelo profeta Ageu (Ag 2.9) já que agora o culto é manifestado pela presença do Próprio Deus na pessoa do Espírito Santo. O culto que no Velho Testamento era símbolo do culto perfeito na eternidade e apontava para Aquele que é, que era e que há de vir. Por isso hoje o culto bíblico é centrado totalmente na Pessoa de Cristo, como Senhor dos Senhores e Salvador da Igreja.

O verdadeiro culto a Deus é feito “em Espírito e em Verdade”, são a estes adoradores (verdadeiros) que o Pai procura (Jo 4:24). O culto que a Bíblia diz que agrada a Deus deve apresentar três aspectos principais: Primazia à Palavra de Deus, Cristo como o Centro da Adoração e Adoração movida pelo Espírito Santo de Deus.

A atual liturgia da maioria das igrejas protestantes e reformadas, as conhecidas evangélicas, são semelhantes: apresentam momentos de músicas e louvores a Deus, momento de oração e pregação da Palavra. Diferenciando-se muito da missa católica e do ritual judaico do Velho Testamento.

Mas o que os Reformadores muito se esforçaram para fazer, a Igreja Pós-Moderna tem se olvidado aos poucos e tem dado brecha para conceitos anti-bíblicos influenciar o Santo Culto a Deus.

Muitos cultos em igrejas evangélicas têm demonstrado um evangelho de interesses nos benefícios de Deus para o homem. É um evangelho hedonista onde o que fala mais alto é o bem-estar do sujeito. Nem que para isso Deus tenha que ser “constrangido a me abençoar” devido “a minha grande fé” apresentada nas campanhas de prosperidade financeira, curas, milagres e outras.

Outro aspecto triste é a presença dos olhares nos cultos centralizados em líderes carismáticos que influenciam multidões a segui-los cegamente. Mesmo que para isso seja preciso lançar mão de todo o bom senso, mente racional dada por Deus e a própria Palavra.

Todo esse emocionalismo direcionado ao hedonismo e individualismo também merece a atenção devida dos cristãos, uma vez que Deus é bem claro quanto a sua exigência ao culto: um culto racional (Rm 12:1) seguido de uma vida que adore em vida cristã prática, pois Ele bem explicitou: Obediência quero, e não sacrifícios (1 Sm 15:22).


CONCLUSÃO

Diante de tudo que vimos neste trabalho, podemos compreender que para adorarmos a Deus, é necessário entendamos quais são os requisitos divino para o culto que Deus quer receber. É importante para nós entender tal ponto, uma vez que atualmente corremos um grande perigo – que é das pessoas quererem dedicar a Deus um culto da sua própria maneira.

Além disso, a tendência à adoração hedonista tem crescido nos templos pós-modernos. O homem tem cultuado a si mesmo esquecendo-se do objeto de adoração que é o Cristo Ressurreto. A cruz é a senda da adoração pela qual o homem encontra-se com o divino.

Diante disso vemos a importância de se estudar o tabernáculo e as ordenanças do Senhor a Moisés e no decorrer da sua Palavra.

O culto verdadeiro a Deus é em Espírito e em verdade (Jo 4:24). O culto que Deus anseia receber é o culto racional que é a (Rm 12:1-2) nossa vida totalmente entregue nos Altar da Adoração como sacrifício totalmente queimado (holocausto).


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA


BÍBLIA. A BÍBLIA SAGRADA, traduzida em português por João Ferreira de Almeida, Edição Revista e Corrida, 1995, 857 p.

BÍBLIA. BÍBLIA SHEDD, traduzida em português por João Ferreira de Almeida, 2 ed versão revista e atualizada no Brasil. São Paulo: 1997, 1949 p.

BÍBLIA SAGRADA NVI, traduzida pela comissão da Sociedade Bíblica Internacional, São Paulo: 2003.

ALMEIDA, Abraão Pereira de. O Tabernáculo e a Igreja. 5. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1992 144 p.

FEITOSA, Reuel P. A Tenda da Revelação. Belo Horizonte: Betania, 2009 137 p.

GILBERT, Floyd Lee. A pessoa de Cristo no Tabernáculo. São José dos campos: Fiel, 1987, 170 p.