quarta-feira, 24 de junho de 2009

05 - Cirilo

CAPÍTULO 5

V – Cirílo

V.1 – Origem

As profundas diferenças teológicas entre as Escolas de Alexandria e Antioquia chegaram a se expressar agudamente em 428 quando Cirílo acusou Nestório, patriarca de Constantinopla, de herege, por insistir que Jesus Cristo possuía além de duas naturezas duas pessoas para cada natureza. Cirílo estava decidido a reconhecer a unidade pessoal de Cristo que, em sua opinião, Nestório pusera em jogo com sua distinção excessiva entre as naturezas humanas e divina.

V.2 – Data de inicio

428

V.3 – Fundador

Cirílo, Patriarca de Alexandria

V.4 – Doutrina

Afirmou uma união hipostática (ou pelo menos suas idéias básicas), em que a humanidade e a divindade de Cristo são vistas como duas naturezas distintas e inseparáveis. Ocorreu alguma confusão porque ele usava physis para referir-se ao Logos divino, mas não à humanidade de Cristo. Para não dividir as duas naturezas de Cristo, como fez Nestório, ele enfatizou que a unidade da pessoa em Cristo, de modo que somente o Logos divino é verdadeiramente pessoal e ativo nele, assim, ou Cristo não tinha um centro pessoal humano de consciência e de vontade ou era inativo. Tal ênfase e tais formulações abriram caminho para a posição monofisista com Êutico, que veio a predominar na teologia alexandrina depois da sua morte.

A discussão de Nestório e Cirilo foi tratada no Concilio de Éfeso. Vale ressaltar entretanto, que essa discussão não foi encerrada ali. O que se fez foi dar credos negativos que resguardariam a doutrina dos hereges, contudo faltou uma explicação positiva, o qual ficou considerando-se apenas um mistério.

Na contraposição de Cirilo contra Nestório, Cirilo reafirma o termo Teótokos relacionado à Maria, e não somente Cristótokos, como afirmava Nestório. Assim, para Cirilo reafirmar a união das duas naturezas em uma só pessoa, atribuiu à Maria o título de Mãe de Deus, o qual trouxe o status de tal e se tornaria um problema posteriormente à Igreja, fazendo-a cair numa progressiva mariolatria.

V.5 – Refutação bíblica

Lc 2:52: “E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens”.

Lc 23:46: “E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isto, expirou”.

V.6 – Concílio que discutia a heresia e sua conclusão

O Concílio de Éfeso

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