quarta-feira, 24 de junho de 2009

08 - Eutiquianismo

CAPÍTULO 8

VIII – O Eutiquianismo

VIII.1 – Origem

Eutiques apoiava fervorosamente a causa de Alexandria, e depois da morte de Cirilo, tomou o partido de Dióscoro no tocante à única natureza de Cristo. Embora seja difícil averiguar exatamente qual era o ensino de Eutiques a respeito de Cristo, não há duvida de que foi um passo além da linguagem de Cirilo e, sobre o processo da encarnação, afirmou que se tratava de duas naturezas antes da união (de Deus com a humanidade), mas só uma natureza depois ou como resultado da união. No entanto o que foi preocupante foi a sua recusa a afirmar que Cristo era consubstancial conosco, os seres humanos, e para os antioquenos isso pareceu uma nítida rejeição da fé de Nicéia, que declarava que Jesus era planamente homem e plenamente Deus.

VIII.2 – Data de inicio

378-454 d.C.

VIII.3 – Fundador

Eutiques, líder de um mosteiro de Constantinopla.

VIII.4 – Doutrina

Eutiques ensinava que por causa da encarnação, o corpo de Cristo foi deificado de tal maneira que já não era consubstancial conosco. Segundo ele, no momento da concepção em Maria, Jesus Cristo era um ser híbrido entre a humanidade e a divindade – uma única natureza divino-humana -, que juntava e misturava as duas naturezas de tal maneira que a natureza humana era subjugada e absorvida pela divina. Segundo Langston (1999), o pensamento de Eutiques era de que “as duas naturezas de Cristo fundiram-se de maneira que formavam uma terceira natureza, que nem era divina nem humana. Assim sendo, Jesus não humano e nem tampouco divino”. (LANGSTON, A.B. Esboço de Teologia Sistemática, 1999, pg. 177)

VIII.5 – Refutação

Como Jesus Cristo poderia passar pelo processo de desfazer a queda de Adão e de recapitular a raça humana, a respeito do qual Ireneu falava?

VIII.5.1 – Se Cristo não fosse integralmente homem não poderia ter representado a humanidade na cruz. A bíblia nos revela que Cristo era homem em toda integridade da sua composição:

Hb 4:15: “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado”.

VIII5.2 – Jesus Cristo não poderia ser o mediador entre a humanidade e Deus se não fosse totalmente Deus e totalmente homem. As Escrituras nos asseguram que Cristo é o nosso mediador, porque é totalmente Deus e totalmente Deus.

Jo 3:12,13:Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis se vos falar das celestiais? Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem, que está no céu”.

Jo 8:58: “Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão fosse feito eu sou”.

VIII.6 – Concílio que discutia a heresia e sua conclusão

Este falso ensino foi refutado em 451 no Concílio de Calcedônia.

Nenhum comentário: