quarta-feira, 24 de junho de 2009

Apóstolo Paulo: Sua Vida, Conversão e Apostolado

capítulo 1

I – Apóstolo Paulo

I.1 – Sua vida no judaísmo

Ao analisarmos a vida de Paulo, não podemos deixar de considerar a sua ascendência judaica e o impacto da fé religiosa de sua família em sua vida. Ele se descreve aos cristãos de Filipos como “da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu” (Fp 3:5). Noutra ocasião ele chamou a si próprio de “israelita da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim” (Rm 11:1). É bem certo que o nome ao qual o menino de Tarso fora chamado, remonta à uma homenagem ao primeiro rei de Israel, Saul, que era da tribo de Benjamim.

Paulo aprendeu desde criança na escola da sinagoga, onde os pais judeus transmitiam a herança religiosa de Israel aos filhos, a ser um zeloso judeu. Nas sinagogas judaicas, os meninos começavam a ler as Escrituras com apenas cinco anos de idade. Aos dez, estariam estudando a Mishna com suas interpretações emaranhadas da Lei. Assim, eles se aprofundavam na história, nos costumes, nas Escrituras e na língua do seu povo.

Paulo fora colocados por seus pais desde muito cedo para estudar em Jerusalém, provavelmente aos treze anos, de modo que poderia dizer que fora “criado” ali (At 22:3). A coisa que mais se salientou na sua vida posterior foi o fato de ele se haver sentado aos pés do maior mestre do seu tempo entre os judeus – Gamaliel (At 22:3). Gamaliel era neto de Hilel, que fundou a escola de Hilel; uma escola mais liberal em alguns pontos da interpretação do que sua rival a escola teológica rabínica de Samai. Por exemplo, Gamaliel permitia a leitura dos autores gregos, e o seu aluno Paulo mais tarde mostrará um conhecimento da literatura grega. Contudo do ponto de vista não farisaico a escola ainda era considerada bastante severa. Quanto ao seu zelo, Paulo assim se descreve: “e na minha nação excedia em judaísmo a muitos da minha idade” (Gl 1:14). E também que era “instruído conforme a lei de nossos pais” (At 22:3).

Como já foi dito, ao redor deste conhecimento judaico reuniu-se certa quantidade de cultura grega e romana, fato que o tornou fato um cidadão do mundo e um vaso digno de levar o evangelho aos gentios quando Cristo lhe deitasse as mãos. Sendo Saulo bem versado na teologia rabínica, quando se aliou a Cristo, sabia parar todos os pontos dos seus velhos amigos, os rabinos, pois conhecia os “rudimentos fracos e pobres” da escravidão à lei cerimonial (Gl 4:9). Ele aprendera muito bem o instrumento rabínico de método de perguntas e respostas. Da mesma forma, adquiriu, a arte de disputar com os gregos, o que lhe foi muito útil no Aeropago, na escada da Torre de Antônia, perante o sinédrio, perante Felix, Festo, Agripa, e, talvez, o próprio Nero, no primeiro aprisionamento.

Facilmente se pode ver como o cristianismo ganhou por ter este homem com preparo teológico e um completo preparo mental. Ele era certamente o homem mais dotado do seu tempo, excetuando, naturalmente, Jesus de Nazaré. Não pode-se olvidar de suas prerrogativas como cidadania romana e suas afiliações helenísticas, em Tarso – que possibilitara-lhe tornar-se cosmopolita. Paulo certamente era um apóstolo dum novo tipo e poderia pregar Jesus tanto ao judeu como ao gentio, por todo o mundo greco-romano.

I.1.1 – Saulo, o Rabi perseguidor.

Certamente qualquer leitor cuidadoso das Escrituras poderá confirmar sobre a veemência de Saulo no judaísmo bem como sua rigidez quanto à sua religião, mais especificamente no partido farisaico. Nas suas palavras, Paulo se define como um exímio perseguidor dos cristãos: “Eu, na verdade, cuidara que devia praticar muitas coisas contra o nome de Jesus, o nazarenos” (At 26:9). Saulo tornou-se sanguinário na sua perseguição – o perseguidor mais respeitável. “ Dei o meu voto contra eles quando os matavam” (At 26:10) “E persegui este Caminho até a morte, algemando e metendo em prisões tanto a homens quanto a mulheres” (At 22:4). Ele posteriormente carregaria o peso da culpa pelas perseguições que fizera: “Pois eu sou o menor dos apóstolos, que nem sou digno de ser chamado apostolo, porque persegui a igreja de Deus (1 Co 15:9).

Saulo, como exemplar fariseu, agiu tão ativamente na perseguição que estava inclusive presente na morte de Estevão. Outros fizeram o ato de matar, mas ele simpatizava com o ato: “E Saulo consentia na sua morte” (At 7:60). É de se notar que Saulo nunca tentou transferir para o sinédrio a responsabilidade desta perseguição. Sempre ele confessou simplesmente: “sobremaneira perseguia a igreja de Deus e a assolava” (Gl 1:13). Bem como ele de sua grande admiração admirava de como Jesus o considerasse digno, chamando-o para o ministério.

I.1.2 – Conexão com o sinédrio

Paulo provavelmente era membro do sinédrio. Certamente o seria se interpretarmos o versículo de At 26:10 literalmente: “ dei o meu voto contra eles”. É verdade que Paulo era jovem, mas provavelmente tinha mais de trinta anos, além de não se ter evidencia contrária que não fosse casado, podendo ser até mesmo viúvo. Também ele poderia ter sido promovido rapidamente por causa do seu zelo incomum pela causa.

Outra característica muito importante no seu envolvimento com o farisaísmo é que ele era amigo dos anciãos e também muito próximo do sumo sacerdote. Nota-se pela familiaridade de tratamento aos tais: “do que também o sumo sacerdote me é testemunha, e assim todo o conselho dos anciãos; e tendo recebido destes carta para os irmãos”. “Irmãos” é empregado para os irmãos judaicos.

I.2 – Sua experiência de conversão

A conversão de Paulo certamente centraliza-se no reconhecimento dele do Senhorio de Cristo, no momento da Revelação pessoal de Cristo a ele. Especificamente, após o Senhor Jesus o inquiri-lo a respeito da perseguição, ele responde: “Senhor, que farei?” (At 22:10).

Após seu encontro com o Senhor de sua alma, sua conversão quase que instantânea. Fato esse tão intrigante que alguns autores chegam a acreditar que Saulo tinha suas dúvidas secretas se, no final das contas, Estevão não teria razão. E as próprias palavras de Jesus à Paulo, dizia: “dura coisa é recalcitrar contra os aguilhoes de Deus” (At 26:14). E essa expressão seria a própria dúvida digladiando na alma de Paulo.

Após a apresentação dessa imediata rendição de Paulo, nenhuma idéia da relação dele para com Cristo que não considere essa experiência pessoal com Cristo é adequada. Sabemos que Cristo vivia em Paulo e Paulo vivia em Cristo (Gl 2:20). Para ele, a vida significava Cristo: “O viver para mim é Cristo, e o morrer é lucro” (Fp 1:21). Ele era realmente um servo. Tudo fazia “em Cristo”, tudo podia “em Cristo” (Fp 4:7). Este conhecimento íntimo de Cristo marcou sua vida em todos os seus dias.

I.3 – Seu Apostolado

I.3.1 – A convicção de seu Chamamento:

“Mas, quando aprouve a Deus, que desde o ventre de minha mãe me separou, e me chamou pela sua graça, revelar seu Filho em mim, para que o pregasse entre os gentios, não consultei a carne nem o sangue, nem tornei a Jerusalém, a ter com os que já antes de mim eram apóstolos, mas parti para a Arábia, e voltei outra vez a Damasco. Depois, passados três anos, fui a Jerusalém, para ver Pedro, e fiquei com ele quinze dias; e não vi nenhum outro dos apóstolos, senão Tiago, irmão do Senhor. Ora, acerca do que vos escrevo, eis que diante de Deus testifico que não minto. Depois fui para as partes da Síria e da Cilícia. E não era conhecido de vista das igrejas da Judeia, que estavam em Cristo; mas somente tinham ouvido dizer: Aquele que já nos perseguiu anuncia, agora, a fé que antes destruía. E glorificavam a Deus, a respeito de mim”. (Gl 1:15-24)

Um fato digno de menção na vida de Paulo era a sua consciência e convicção acerca da sua vocação que estava acima de qualquer coisa. Tanto assim o é que ele reconhece que fora para isso que ele havia nascido. Como se vê no seu próprio depoimento ele diz acerca disso. Ele afirma que no tempo devido, Deus revelou Jesus a ele para que ele então proclamasse acerca do cumprimento das profecias messiânicas na pessoa de Jesus aos povos gentios.

Paulo também era muito fiel à sua chamada. Ele se empenhara para seguir a risca as orientações do Espírito Santo. As próprias epístolas paulinas estão repletas de expressões da sua fidelidade para com a chamada apostólica. Sempre procurou obedecer à voz de Jesus. Sentia que “ai dele” se não pregasse o Evangelho de Cristo (1 Co 9:16). Considerava-se embaixador de Cristo (2 Co 5:20). E sempre achou que não fizera tudo quanto tinha que realizar (Fp 3:13), e, assim o seu alvo constante era alcançar o ideal que Cristo tinha para ele; levar outros para Deus através de Cristo. (Fp 3:12).

1.3.2 – Seu ministério iniciado no tempo

A sua primeira experiência como pregador de Jesus veio-lhe em Damasco (At 26:20). A sua pregação era poderosa mesmo no principio. De fato, já era homem instruído. Não precisava aprender a pensar nem a falar. Tanto pelo treinamento, quanto pela experiência. Não mais tratava só de distinções teológicas sutis. Tivera uma grande experiência, que jamais lhe poderia ser tirada. Já conhecia Aquele em quem tinha crido (2 Tm 1:12).

Após seu encontro com o Senhor e obter o entendimento de sua chamada, não havia mais nada em Jerusalém ou qualquer outro lugar que o atraísse a ponto de fixá-lo. Agora não somente o contexto judeu, mas todo o mundo conhecido da época – todos os arredores do Império – saberia quem Jesus Cristo de fato é.

Paulo se tornou a principal força do cristianismo, superado apenas, é claro, por seu Mestre, Jesus. Esse fato se é tanto realidade que posteriormente os principais inimigos do cristianismo sempre se deparariam em volta de questionamentos sobre a ressurreição de Cristo e da conversão de Paulo e natureza de seus ensinamentos.

I.3.3 - A essência da pregação de Paulo:

A morte e a ressurreição de Cristo são para Paulo o âmago do cristianismo, como eram também para o próprio Jesus. Saulo, na verdade, começou com esta verdade básica, vivificada e glorificada pela sua própria grande experiência. A sua pregação coincidia com a dos demais apóstolos, em proclamar Jesus como o centro de sua mensagem. Em torno da cruz ele haveria de colocar o amor de Deus, a graça de Deus, a deidade de Jesus, o Filho de Deus a pecaminosidade do homem, a justificação pela fé, a santificação em Cristo, todas as grandes doutrinas da graça.

Um comentário:

Arnaldo Ribeiro disse...

REVELAÇÃO/EXORTAÇÃO
Urge difundirmos na terra, a certeza de que Jesus Cristo já vive agindo entre nós, espargindo a luz do saber em sí, criando Irmãos Espirituais, e a nova era Cristã. Eu não minto, e a Espiritualidade que esperava pela sua volta, pode comprovar que digo a verdade. Por princípio, basta recompormos as 77 letras e os 5 sinais que compõe o título do 1º. livro bíblico, assim: O PRIMEIRO LIVRO DE MOISÉS CHAMADO GÊNESIS: A CRIAÇÃO DOS CÉUS E DA TERRA E DE TUDO O QUE NÊLES HÁ: Agora, pois, todos já podem ver que: HÁ UM HOMEM LENDO AS VERDADES DO SEU ESPÍRITO: ÊLE É O GÊNIO CRIADOR QUE ESSA AÇÃO DE CRISTO: (LC.4.21) – Então passou Jesus a dizer-lhes: Hoje se cumpriu a escritura que acabais de ouvir: (JB.14.17) – O Espírito da verdade que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem conhece, vós o conheceis; porque Ele habita convosco e estará em vós. – Regozijemo- nos ante a presença do Nosso Senhor, e façamos jus ao poder que o Filho do Homem traz às Almas Justas, para a formação da verdadeira Cristandade.

(MT.26.24) – O FILHO DO HOMEM VAI, COMO ESTÁ ESCRITO A SEU RESPEITO, MAS AI DAQUELE POR INTERMÉDIO DE QUEM O FILHO DO HOMEM ESTÁ SENDO TRAIDO! MELHOR LHE FÔRA NÃO HAVER NASCIDO:

E, ao recompormos as 130 letras e os 7 sinais que compõem esse texto, todos já podem ler, saber, e entender quem é o Filho do Homem:

E O FILHO DO HOMEM É O ESPÍRITO QUE TESTA AS ALMAS DO HOMEM E DA MULHER, NA VERDADE DO SENHOR, COMO CRISTO: E EIS A PROVA QUE O FILHO DO HOMEM FOI TREINADO NA LEI CRISTÃ:

(MC.14.41) – Chegou a hora, o Filho do Homem está sendo entregue nas mãos dos pecadores: E hoje, quem quiser interagir com o Filho do Homem Imortal, deve buscar “A Bibliogênese de Israel”, que já está disponível na internet (Editora Biblioteca 24x7). E quem não quiser, pode continuar vivendo de esperança vã, assistindo passivamente a agonia da vida terrena, à par da auto-destruição do nosso planeta...